sábado, 7 de março de 2009

Um pouquinho de Fernando Pessoa

O Guardador de Rebanhos (Trecho)



XI

Aquela Senhora tem um piano
que eh agradavel mas nao eh o correr dos rios
Nem o murmurio que as arvores fazem...

Para que eh preciso ter um piano?
O melhor eh ter ouvidos
E amar a Natureza.

Aloha!

Caros Leitores:
Esta proxima estoria fala de indios, Deuses, ondas, Morte e Amor.
Nao esta completa ainda, mas esta quase 100%. Aproveitem e comentem.
Vamos colocar (provisoriamente) o nome "Aloha!"
Deliciem-se
Leo

Aloha!

Toda a vez que um índio fica doente é o Pajé que com seu conhecimento e a sabedoria das plantas que contribui para a cura das mais variadas doenças. Quando o mal é muito poderoso, a ponto de dizimar toda a tribo, o Xamã consegue perceber o perigo antes, e trata logo de resolver o futuro problema.
Durante a noite de eclipse da Lua cheia, os espíritos dos ancestrais alertaram Abaeté sobre Mamaés, espíritos extremamente maléficos que viriam dos mares sem fim. Segundo o relato da profecia, a única proteção segura para a tribo seria uma vacina feita do sapo nhã-nhã-nhã. Além de esclarecerem Abaeté sobre o sapo, esclareceram também o método de aplicação do remédio: com espinhos de um Jacarandá da Bahia, se faria três furos no braço da pessoa e com novos espinhos embebidos em óleo de Copaíba acrescenta uma mistura que contém água da chuva, folhas de Arumã, saliva do sapo nhã-nhã-nhã mais sementes de mastruz embebidos em leite de morcega.
A gravidade do assunto merecera atenção máxima e na mesma noite da revelação da mensagem, Abaeté me chamou, e com uma pequena comitiva partiria no dia seguinte para uma caminhada rumo ao local onde o Kuat não sai da água, para encontrarmos o sapo.
Abaeté montou o grupo para esta empreitada composto por ele, Jaguarão, Arawaté e eu. Para os Pajés e Xamãs o trânsito sempre foi livre por todas as tribos. Entre os outros viajantes era sempre necessário contar uma história, trazer novidades do mundo, e depois destas histórias, o conselho dos velhos se reunia e decidia qual seria o destino dos viajantes. Se fossem considerados hóspedes tudo seria as mil maravilhas, o único problema seria se tivesse alguma briga ancestral. Se isso ocorresse iríamos ser a principal atração do ritual antropofágico a ser realizado na tribo. Com o tempo fui aprendendo alguns macetes com Abaeté e Arawaté: eles sempre tinham uma boa poesia ou canção, além de uma flauta de bambu ou de canela de onça para tocar belas canções aprendidas com a chuva e com os ventos.
O primeiro contador de estórias que vi foi o xamã Tucumã que veio das terras dos ventos uivantes e gelados ao lado dos grandes rios. A estória dele não esqueço até hoje, e foi narrada assim:


Ternos e flexíveis são as plantas quando começam
Duras e rígidas quando terminam.
Rígido e duro o que sucumbe a Yama
Tenro e plasmável o que é repleto de vida
Quem julga ser forte só pelas armas
Não vencerá.
Árvores que parecem possantes
Sempre se aproximam do fim.
Pelo que vale isto:
O que parece grande e forte
Já está a caminho da decadência
Mas o que é pequeno e plasmável,
Isto cresce.


A caminhada foi longa e sem contratempos. Toda a costa deste imenso continente era habitada pela família Tupi. Nossa hegemonia no Litoral só era quebrada pela tribo Goitacá, ao sul da nossa aldeia, pelos nômades Tapuias, e ao norte pelos Taba Yaras que viviam em constantes atritos com os Potiguar.
Durante uma mudança de Lua inteira caminhamos subindo a costa. Toda a aldeia onde passávamos, sempre éramos recebidos com festa. A fama de Abaeté correu o mundo depois do nascimento de Jaguarão, e durante muitos pousos contei e recontei a estória do homem onça que por ora nos acompanhava. Nenhuma tribo possui mais do que três contadores de estórias, sujeitos portadores da sabedoria milenar dos ancestrais, e sempre à noite entre as beberagens de cauim, bebida extraída da mandioca, exerciam com muita honra e prazer esta função. Abaeté sempre falava da importância de viajar, e desta imensa caminhada nunca vou esquecer deste diálogo que tive com ele algumas horas antes de chegar a Lagoa Encantada.
- Uma viagem de muitas Luas começa sempre com o primeiro passo. Viajar é multiplicar a vida, Piatã. Como é proveitoso poder aprender com as outras culturas. A viagem celebra o reencontro do homem com o imprevisto, o que lhe permite romper com a rotina, o cotidiano. Tirando você de seu estado de eterna quietude. A liberdade e o infinito ao alcance de sua vontade. Não existe nada melhor do que ver o mundo com olhar de viajante, tudo é novo, tudo é mágico. Não existe rotina, ou melhor, nós é que quebramos as rotinas existentes... Viajantes buscam a diversidade, se apropriam de experiências que lhe permitem compreender de onde uma sociedade tira substância para o seu conhecimento. A verdadeira viagem não é apenas ir de encontro a novas paisagens, mas de ter novos olhos. Viajar confunde com a experiência do novo, diferente. Podemos nos maravilhar ou horrorizarmos com o outro. Aquilo que escapa do nosso modo de vida não é necessariamente bárbaro e desprovido de razão. Viajar sempre foi se equivocar. Afinal trata-se, na maioria das vezes, de aprender de maneira mais rápida e grosseira realidades sobre as quais sabemos pouco ou quase nada. Viajar talvez seja equivocar-se sobre o outro e apreender com o distanciamento e com a comparação, algo mais sobre nós próprios. Viajar amplia muito as possibilidades para aceitarmos melhor as múltiplas variantes do humano e nos ensina a conviver mais pacificamente com elas. Mas ao final as nossas diferenças é que nos unirão. Ninguém conhece todos os segredos da floresta, mas cada índio conhece muito bem seu quintal. Vai chegar um dia que todos estes pensamentos se unirão, seja por bem, seja por mal. Ninguém irá se chamar Tupinambá, Tapuias ou Goitacás, muito menos índio. Todos serão humanos. Neste dia a humanidade estará pronta e em sintonia para conhecermos nossos irmãos que moram em outros universos. Enquanto nós não nos chamarmos todos de irmãos, como conseguiremos conviver com outros povos e culturas de outros planetas? A busca para este encontro é puramente espiritual, não tecnológica. A melhor maneira de lutarmos para que esta união se concretize é fazermos a nossa parte. Viaje Piatã, conte em suas estórias a sabedoria do nosso povo guardada para a Eternidade. Compartilhe a sua luz com os outros. Carregue sempre com você a paz e harmonia. Leve o que existe de bom em seu coração que automaticamente você.O Senhor da Fala carrega em sua mão a Morte e a Vida. Leva seus ouvintes por onde quiser sem contradição. Para se tornar um Senhor da Fala é preciso provar que é bom de Língua e para isso se põem muitos com ele toda uma noite por três, quatro dias para tentar vencê-lo pelo cansaço. Mas se o candidato vencer o cansaço, todos os têm por grande Homem e Língua.
Quando íamos nos aproximando da tribo Potiguar, a menos de um dia da chegada do nosso destino final encontramos uma família de índios da aldeia, que voltavam de uma coleta de frutos e sementes. Raramente buscavam caça na mata, exímios nadadores, com muitos peixes e mais variados frutos-do-mar montavam o seu cardápio alimentar.
Impregnados com a essência do lugar e ébrios de energia continuamos o caminho tranqüilamente até começarmos a sentir outras presenças ao nosso redor e sabíamos que estávamos sendo observados por muitos olhos, que mal se ocultavam da nossa vista na vaga e indistinta mata. Rápida como o bater de asa de um beija-flor, uma flecha passou zunindo pelos ares na frente dos olhos de Jaguarão. O tiro deixou de acertar a sua cabeça pela metade da largura de um dedo. Milhares de flechas saíram flamejando de arcos ocultos da floresta. Saímos da trilha, fugindo daquela armadilha de morte preparada pelos Taba Yaras.
Como os olhos são atraídos para o belo as flechas de Jaguarão encontravam abrigo no peito dos inimigos. Ele lutava só, mas parecia estar em todas as partes ao mesmo tempo. Arawaté conseguiu encantar algumas serpentes de línguas fendidas que partiam para cima dos Taba-Yara vomitando veneno, enquanto Abaeté criava guerreiros que se multiplicavam através da ilusão.
Muito mais do que simples e valorosos guerreiros Taba-yara, também enfrentávamos um Xamã poderoso como uma cachoeira trovejante, e muito rapidamente nuvens de tempestades surgiram do nada e desceram com grande estrondo sobre a floresta, ocultando o sol e despejando chuva, muita chuva, como mil cachoeiras. Uma chuva constante que caía em torrentes grossas como caules de bananeira. Todo o líquido caiu sobre nós como se quisesse submergir-nos num oceano. Uma flecha com a ponta em chamas e com um mantra encantado de Abaeté zuniu do arco de Jaguarão, perfurou as nuvens e dispersou a Tempestade.
Logo após a parada da chuva saiu da mata Jaçanã, com sua pintura brilhante como o sol e com uma faixa de jóias que caiam de seu ombro esquerdo, longos brincos de ouro e cinturões e braceletes de bronze. Apetrechos que portava não por vaidade, mas pelo poder que eles continham.
- Vi que lutam bem, conservarei suas vidas. Disse Jaçanã.
- Quem pode lutar contra a alma de toda a vida e seu amigo de outrora. Retrucou Abaeté.
- Não reconheci você Abaeté, senão muitas vidas poderiam ter sido poupadas.
- Não é motivo de nenhum desmerecimento morrer lutando pela sua tribo Jaçanã. Mas não posso permitir que continuem se matando como crianças mimadas.
- Através das palavras, nós não conseguimos entrar em harmonia com os Potiguar a respeito do Rio Ipiaú, então que os índios mais valentes tomem conta do espaço. Por acaso tem alguma idéia melhor Abaeté?
- Porque não deixam o Rio decidir?
- De que jeito faremos ele falar?
- Deixaremos o Rio emanar suas emoções. Nos prepararemos até a próxima Lua Cheia, cantaremos, beberemos e depois pediremos aos Deuses que demonstrem quem eles mais amam. Iremos todos nos jogar no Rio e quem descer mais rápido em direção ao útero terá o direito de permanecer aqui. Os candidatos poderão fazer embarcações para apoiar a nadada, mas não poderão usar remos.
Todos aceitaram a proposta de Abaeté e então começou os preparativos para a grande contenta. Quando escolhiam uma árvore para fazer uma prancha para deslizarem no Ipiaú, o artesão depositava um Ariocó, peixe vermelho que habita a foz dos grandes rios, no seu tronco para logo depois derrubar a árvore com um machado de pedra molhado na seiva vermelha da Biquiba, árvore que sangra igual gente. Depois enterravam o peixe entre suas raízes que é oferecido aos Deuses como uma prece em agradecimento pelo presente. Para fazer a prancha, além da extrema habilidade manual do artesão, era necessária a utilização de inúmeras ferramentas como pedra, madeira e pedaços de corais.
Tanto os Potiguar, quanto os Taba-yara eram exímios nadadores e por todos os lados vários guerreiros se apresentavam com suas pranchas de madeira no dia da prova. Extraídas de árvores como a Fruta-pão e Pau Paraíba, faziam as pranchas menores; e com o Vinhático, Aderno e o Cedro, confeccionavam as pranchas maiores. Muitos eram os favoritos para desempenhar um bom papel, mas nenhum melhor que Arumã, Pajé da tribo Taba-Yara. Mas no dia da prova ele acordou bastante apreensivo. Não pelas expectativas da tribo pelo seu desempenho, mas pelo sonho que teve com Yama, o Senhor da Morte.
- Amanhã sua filha irá pedir a sua prancha e você não negará o seu pedido Arumã.
Arumã acordou desolado. Sua filha Jacira era o bem que ele tinha como o mais precioso. Muito jovem ainda para tentar brigar com guerreiros valorosos, todavia não tinha como contestar sua fluidez na água. Mas definitivamente esta luta era para guerreiros.
Ao meio dia, hora que todos estavam na margem do rio esperando as palavras dos Deuses, Jacira olhou para seu pai Arumã e pediu:
- Pai, me deixa pegar a sua prancha enfeitada com penas de tucano?
Não adiantou nada Arumã colocar no bico uma caveira de um tucano e suas penas para fazer Jacira desgostar de sua prancha. Longe de negar desejos de Yama, Arumã cedeu a prancha a Jacira e se resignou nas margens do rio enquanto Jacira remava feliz sobre as águas barrentas.
De repente, não mais que de repente, um vento frio e sinistro correu pelo rio e toda a ira dos Deuses se fez presente numa voz trovejante que ecoou por toda floresta:
- Como ousam nos perturbar com disputas mesquinhas e vãs? Nós, Deuses, temos mais com que nos preocupar do que assistir ao insano teatro dos humanos. Sobe o rio agora a voz da minha fúria para vocês.
Após o término do discurso celestial, seis gigantescas ondas subiram o Rio Ipiaú arrastando tudo por sua frente, destruindo tudo que estava parado nas margens. Alguns índios sucumbiram arrastados pela fúria do rio, outros perderam completamente o tempo das ondas e foram atropelados por elas, mas muitos guerreiros conseguiram deslizar com as ondas usando as suas pranchas de madeira.
Jacira escapou de ser varrida por duas ondas mas conseguiu ir com a terceira onda e de pé se equilibrava na sua prancha, ora avançando, ora recuando seu leve corpo sobre o tronco de madeira e desta forma a prancha se mantinha em equilíbrio e continuava avançando com a onda. Alguns surfavam de pé, outros surfavam deitados, e tinha ainda um guerreiro que surfava de joelhos. Corpulentos guerreiros uniam-se a franzinos meninos sobre as ondas. Todos eles possuíam em comum uma estranha força que brotava da emanação vital dos Deuses, os índios chamaram este fenômeno de Poroc-Poroc. O simples ato de deslizar sobre as ondas do rio deu origem a um brinquedo chamado surf e a uma história de amor entre as ondas, os ventos, as correntes marinhas e o índio.
Que atividade que parece simples. Apanhar uma onda no mar. Interagir com a água que brota em forma de onda do fundo do oceano. Muito mais difícil do que pegar uma onda é tentar entender a dimensão que este simples fato pode influenciar tanto a consciência quanto à personalidade de um ser humano.
Estávamos eu, Abaeté, e Jaguarão esperando rio acima os ganhadores de uma prova onde não houve perdedores. Ganharam todos os que provaram daquela força mágica que brota do oceano. Os guerreiros que conseguiram surfar até o fim das ondas tiveram em sua homenagem os corpos cobertos com pasta de erva-doce e flores de Ipê. Jaguarão se apaixonou completamente por Jacira, ato que foi severamente repreendido por Abaeté:
- Você é como uma criança querendo alcançar a Lua, não anseie por aquilo que você não pode ter Jaguarão.
Ao entardecer, quando as duas tribos unidas comemoravam e celebravam a vida, depois da misericórdia dos Deuses, Jaguarão olhou para Jacira, fitou-a diretamente na alma e declarou:
- O Luar é o seu sorriso, a Terra e o Céu a sua ilusão. Apaixonei-me desde que senti seus olhos em mim pela primeira vez e embora tenha saído do ventre dos Deuses, só conhecerei os céus quando a tiver nos braços. Apesar de te conhecer agora, meu amor é imenso como o Espaço, vasto como o Tempo. Farei tudo o que quiser se me conceder o privilégio do amor.
Após dizer isto, Jaguarão sentiu uma mão cair sobre seu ombro com todo o peso do Tempo. Era Arumã:
- Se me pedisse de presente toda a Terra, com seu cinturão de mares eu lhe daria pela sua bravura Jaguarão, e acredite é mais fácil para mim lhe conceder isto do que a mão de minha filha. Mas ela é soberana e sábia em suas decisões, deixarei que ela decida o seu próprio destino.
- Meu pai, desde que conheci Jaguarão vejo estrelas em seus cabelos para meus novos olhos.
- Acordei hoje pensando que te perderia para Yama minha filha, mas é com felicidade que vejo que vais com Jaguarão. Cresça e prospere em um corpo feliz.
Arumã fez cessar o cheiro de peixe que sua filha possuía, e a tornou fragrante como a flor e imediatamente por toda a aldeia se espalhou e se sentiu o perfume das flores na estação que não havia flores e a esta menina, alva como os raios da Lua, batizou de Flora.

Sanuma em Alemão (Revisado) Thanks Rainer!

Sanumá

In einem Reich, in dem Bienen die Blumen verschwenderisch mit ihren Pollen bestäubten, dort lebte so ruhig friedlich wie Bienen die schöne und duftende Blume Sanuma, die bekannt war als Flor do Sonho, Blume der Träume. Sie war so schön und liebenswürdig wie ein großer Baum, der seinen dichten Umhang aus schützenden Blättern und seine köstlichen Früchte für alle öffnete. Eine Indianerin, deren Schönheit andere Frauen gewöhnlich erscheinen ließ und deren Eitelkeit beschämend machte.

Trotz ihrer Gebete hatte Sanuma nie einen Mann getroffen, der sie interessierte, denn sie waren alle kapriziös, unbrauchbar und eitel, aufgeblasen von Stolz und mit sich selbst beschäftigt. Eines Tages, ermüdet von ihrer Einsamkeit, sagte Sanuma ihrem Vater: „Großer Meister und Vater Ianoama, Häuptling des Stammes der Ianomami, ich weiß, dass ich gehorsam sein soll, aber ich wünsche mir meinem Schicksal zu begegnen. Ich werde fortgehen und komme nicht zurück, bis ich meinen Gefährten gefunden habe.“

Ihr Vater protestierte nicht. Er dachte an den großen Moment ihrer Geburt und auch an die anhaltende Zeit von Frieden und Gemeinschaft mit den benachbarten Stämmen. Da er keine Einwände fand erlaubte Ianoama seiner Tochter die Abreise. Er wählte ein Gefolge aus, dass sie begleiten sollte: einen Führer, einen Jäger, einen Seher, der die Fähigkeit hatte, sich in allen Sprachen der Menschen, Pflanzen und Tiere zu verständigen und den Schamanen Xama Shypaia, den ruhmreichsten im ganzen Amazonasdschungel, der Mitteilungen durch Träume senden sollte.

Durchdrungen von ihrem Wunsch und ihrer Sehnsucht durchstreifte Sanuma die meisten der vielen Stämmengebiete und Dörfer, um jemanden zu finden, der ihren Durst auf Liebe zu stillen vermochte. Sie beschloss, die Weiten jenseits der Grenzen ihres Reiches zu erkunden und die Berge mit den undurchdringlichsten Wäldern, die man kannte. Sie trat in den tausendjährigen Dschungel ein, wo die Wurzeln lang waren und wo jeder Baum sich unter dem Gewicht seiner üppigen Blüten beugte, wie unter einem zarten Widerschein der Götter.

Dort traf sie den Bara-Stamm, der sich in das Innerste des Dschungels zurückgezogen hatte, nachdem sein Häuptling Kina das Augenlicht verloren hatte und seinen Stamm nur mit seinem Geruchssinn führte. Als sie Nimam den Jäger erblickte, den Sohn des Kina, sahen sie sich beide in die Augen, einer dem anderen, und jeder wünschte, den anderen bis in die Ewigkeit zu sehen. Sanuma erkannte sogleich in den Augen von Nimam, dass ihre Suche beendet war.

Eine Woche zusammen mit Nimam war mehr als genug für Sanuma, um fest überzeugt zu sein, dass er die Antwort zu all ihren Fragen und das Schicksal ihrer gesamten Reise war. Und Nimam erkannte sogleich in Sanuma einen Pfad zum Paradies, einen Pfad, der sonst nur von den Göttern beschritten wurde. Auf dem Angesicht der Erde würde es nie eine Trennung zwischen ihnen geben können.

Sanuma kehrte zu ihrem Vater zurück um ihm von ihrer Entscheidung zu berichten, Nimam als ihren Gefährten zu nehmen und mit ihm im Herzen des Dschungels zu wohnen. Ianoama war zuerst nur verzweifelt, als er an die Trennung von seiner einzigen Tochter dachte, aber fand Frieden in dem Wissen, dass dieser Mut, der vom Herzen genährt wurde, unbesiegbar sei. Er besuchte Shypaia den Schamanen, der Sanuma begleitet hatte, und fragte ihn nach Nimam.

„Ianoama“, sagte Shypaia, „Nimam wurde im Herzen des Dschungels geboren und hat immer dort gelebt. Der Name seines Vaters ist Kina, Häuptling des Bara-Stammes. Er ist gutherzig und gerecht. Er ist schön wie der Mond und hat die Energie und die Kraft der Sonne. Er ist so großzügig wie Gaia, er hat den Mut eines jungen Jaguars und ist so geduldig wie die Zeit selbst. Er besitzt nur einen einzigen Mangel: genau in einem Jahr wird Nimam sterben.“

Der Häuptling traf sich mit seiner Tochter, enthüllte ihr die Wort von Shypaia und schlug vor, dass sie ihre Wahl änderte.

„Heirate nicht ins Elend, Tochter.“

Sanuma antwortete: „Es gibt keine andere Wahl, mein Vater. Ob sein Leben kurz oder lang ist, ich werde Nimam als den Gefährten meines Herzens nehmen.“

Angesichts der Entschlossenheit seiner Tochter wurde Ianoama still und angesichts der kurzen Zeit, die dem Leben seines künftigen Schwiegersohnes noch bleiben würde, traf er zügig Vorbereitungen für den folgenden Morgen. Er würde seine Tochter bei ihrer Rückkehr ins Herz des Dschungels begleiten, um an den bevorstehenden Festlichkeiten für das Paar teilzunehmen. Häuptling Kina bemerkte als erster die Rückkehr von Sanuma, mit ihrer fröhlichen und sanften Stimme, gleich einem Vogels bei Tagesanbruch, ein Wispern im Wind, nur hörbar für Kina. Wie wird so ein süßes Mädchen fähig sein, so tief in einem Dschungel zu wohnen?

„Nimam mein Sohn, erkläre es deinem alten Vater. Wie wirst du ihr beistehen, um im Dschungel zu wohnen?“

„Mein weiser Vater, sie weiß ebenso wie ich, wie Freude und Trauer ihrem Ablauf folgen, wo immer wir auch sind. Bitte beschäme mich nicht mein Vater. Und zerstöre nicht die Hoffnungen des Mädchens.“

Das Entflammen der Leidenschaft verwirrt den Verstand, und nur die Zeit schafft es, unsere Herzen wieder freizulassen. Liebe ist schwieriger zu fangen als ein Kolibri. Davon wussten Kina und Ianoama und ohne Umschweife beschlossen sie die Zeremonie zur Vermählung ihrer Kinder. Wenn das Beste mit dem Besten verbunden wird, kommt das Glück von selbst. Reichlich ausgestattet mit Liebe und geschenkten Tagen voller Freude ging das restliche Jahr von Nimams Leben so schnell vorüber wie ein fallender Stern. Wer weiß besser von der Teilnahmslosigkeit der Zeit als ein Opfer der Liebe?

Sanuma behielt ihr Geheimnis für sich und hielt nur inne, um die Tage zu zählen, die wie Sand durch ihre Finger flossen. Erst wenn sie alleine war, würde sie ruhen.

Am Tag vor dem Eintritt des Todes fiel Sanuma nicht in Schlaf; sie verbrachte die Nacht wachend um ihren Ehemann zu betrachten bis er erwachte.

Sie machte ihm Kaffee am Morgen. Sie gab ihm Fruchtbrot, Honig von Jatai (einer kleinen feinen Biene), Kaffee, Graviola der Macarunda, lieblich wie die Morgenbrise, Sonnenblumenkerne rösteten in der Sonne und Cashewnüsse über Brennholz vom Ipebaum. Sanuma konnte nichts essen; ihre Gedanken wanderten und wanderten, als ob in einem Zimmer auf einer Tafel zu lesen wäre „HEUTE IST DER TAG“.

Als die Sonne ein Handbreit hoch war entschied sich Nimam auf die Jagd zu gehen. Sanuma drängte sich auf, ihn zu begleiten und versuchte seine Pläne zu ändern. Nimam willigte ein anstelle der Jagd zusammen mit ihr beim Wasserfall Fische zu fangen.

Die dichten steilen Pfade zwischen den Hügeln enthüllten Ausblicke in die weiche, helle Sonne, die den tiefen Dschungel durchdrang. Nachdem sie zwei Hügel von beträchtlichem Ausmaß überquert hatten, erschienen vor ihnen die Wasserfälle von Jeribucaçu, eines magischen Flusses, ein Band der Liebe zwischen den Ozeanen. Aber das ist eine andere Geschichte, und jetzt erzählen wir das Drama von Sanuma, Flor do Sonho, und von ihrer mutigen Begegnung mit Yama, dem Herrn des Todes, dem, vor dem man fliehen sollte um alle Gefahren zu vermeiden.

Wir kehren zurück zum Jeribucaçu mit seinen Stromschnellen, zum größten Wasserfall des tausendjährigen Dschungels. Mit seinem warmen Wasser und seiner Erzen geschmückter Farbe war er wie eine unwiderstehliche Einladung hineinzutauchen.

Sie sprangen, sie schwammen, und spielten. Die Ewigkeit hielt niemals so sehr die Zeit auf der Erde an wie in diesem Moment bei den beiden. Ach, Ewigkeit. Sie hält ihre Wurzeln von den Reichweiten der Menschen fern. Yama kümmerte sich inzwischen um das Glück des Ehepaares. Ein Glück, das Orchideen dazu bringen konnte, in der Wüste zu blühen. Ahnungslos über den Beobachter, voll von Süße, beobachtete Sanuma alle Nuancen von Nimams Seele.

Als er aus dem Wasser herauskam, empfand Nimam ein leichtes Frösteln. Er trocknete seinen Körper mit einem Tuch aus Marcela-Fäden und er spürte Kopfweh. Er lag an Sanumas Brust. Das Licht störte ihn und brannte in seinen Augen. Sanuma bemerkte es und beschattete ihn mit ihrem Gesicht, und dieser Schatten gewährte Nimam seinen letzten Blick: das innige Licht von Sanumas Augen.

Beim Schließen seiner Augen veränderte sich sein Gesicht und erbleichte für einen Moment. Kurz kehrte die Farbe in sein Gesicht zurück und mit seinem Kopf zu Sanuma gewandt ging Nimam ruhig dazu über zu schlafen. Sanuma murmelte mit einer traurigen, rythmischen Stimme Huldigungen von Liebe und Qual an den Indianer, der ihre Seele und ihre Ruhe genommen hatte.

Vom Dschungel aus beobachtete ein großer, starker Mann Sanuma mit festen, dunklen Augen. Plötzlich bemerkte Sanuma die glänzenden Funken, die seinen Körper bedeckten, wie die Lichter der Sonne auf einem See in einem schillernden Gemälde, Edelsteinen und Perlen gleich. Yama stand über dem Meer des Dschungels wie der Mond, majestätisch und ganz in Weiß gekleidet. Er blickte voll Geduld und Anmut auf Nimam und dies beruhigte Sanuma.

„Viel hat er gelebt und selten ward er gesehen“, sagte Yama, „der ewige Pflanzer von Blumen und Dornen auf unserem Pfad, der Gott der Liebe. Mit seinen Blütenspitzen überwacht er den gewaltigsten Bogen der Welt. Obwohl sie vielleicht nicht aus Zuckerrohr und nur aus einer Schnur nicht dicker als ein Spinnenfaden gemacht worden sind, tragen diese Pfeile das Gift der magischen Verzauberung der Liebe“. Yamas Worte überraschten und bezauberten Sanuma angenehm. Niemanden fürchtend, erklärte Sanuma ihre Überraschung: „Ich stellte mir immer vor, Sie wären eine Frau!“

„Nein meine Liebe! Frauen vermitteln das Leben, weil sie das Wissen über die Heilung in sich tragen um es weiterzugeben. Männer nehmen es. Aber uns müssen einige überlieferte männliche Züge erlaubt werden, von angestammter ererbter Gewalt, die dann in Wettkämpfen, Überlebensjagden und unzähligen Kriegen zum Vorschein treten. Männer bringen immer Tod hervor, so wie Frauen Leben schenken.“

„Herr Tod, ich bin Sanuma.“

Yama lächelte und antwortete zärtlich.

„Ich kenne euch beide, Flor do Sonho, seit einer langen Zeit. Ich erinnere mich an vergangene Leben, du nicht. Aber jetzt hat der Pfeil meinen Speer geführt. Nimams Tage haben sich erfüllt und ich kam, um ihn zu holen.“ Yama setzte seine Hand auf Nimams Brust über dem Herzen und entnahm seine Seele, ein Etwas nicht größer als eine Hand, das Yama mit seinem Seil festschnürte. Als Nimams Seele eingefangen war, atmete sein Körper nicht mehr. Yama kehrte zum Dschungel zurück und Sanuma folgte ihm an seiner Seite.

„Geh, Flor do Sonho, und bereite das Begräbnis vor.“

„Ich habe sagen gehört, dass Sie der erste Mann sind, der starb und dann den Pfad des Lebens fand und nicht wieder gefangen werden kann.“

„Es ist wahr“, sagte Yama, „aber jetzt geh zurück, Flor do Sonho. Du kannst mir jetzt nicht mehr folgen. Du bist frei von jeder Beziehung oder Bindung mit Nimam.“

„Jeder, der jemals geboren wird, muss Ihnen eines Tages folgen, Herr. Erlaubt mir, Euch nur ein wenig weiter wie ein Freund zu begleiten.“

Yama hielt an und drehte sich, um Sanuma langsam zu betrachten. Ihr goldener Körper strahlte den Duft einer Orchidee in den Nebeln des Frühlings aus. Er erinnerte sich an das so unendlich glückliche Paar, nur wenige Stunden zuvor beim Wasserfall.

„Du hast recht, Flor do Sonho, du fürchtest mich nicht. Ich nehme es an – wie ein Freund, und im Austausch nimm ein Geschenk von mir an, das ich dir demütig biete. Aber ich kann Nimams Leben nicht zurückbringen.“

„Diese Freundschaft wird nach nur elf gemeinsamen Schritten besiegelt sein“ sagte Sanuma, „wenn nur Kina von seiner Blindheit befreit würde.“

„Es ist schon vollbracht. Jetzt geh zurück, denn du bist müde.“

„Kein Bisschen. Ich war bis zur letzten Minute mit Nimam. Gewähren Sie mir nun die Erlaubnis, ein wenig mehr mit Ihnen zu gehen.“

„Ich gewähre es. Ich nehme immer weg. Aber es ist auch gut, geben zu können. Es ist nicht schwierig, zu geben. Wenn Leben endet und allen Bedürfnissen entsprochen ist, dann versteht man zu geben und es ist nicht schwer.

Sie gingen Richtung Norden. Sie kamen zum Rand einer Quelle und Yama gab Sanuma aus seiner hohlen Hand zu trinken. Er bot Sanuma Visionen von anderen Leben an. Vergangenheit oder Zukunft, sie hatte nur zu wählen. Doch sachte lehnte Sanuma das Angebot ab.

„Während des Lebens, Sanuma, gibt es Schmerz, aber nicht mehr im Tod. Das, was unter Schwierigkeiten entstanden ist, ist wert, dass es erhalten wird. Ich habe alles gesehen. Und ich weiß, dass dieses Wasser nicht reiner ist als dein Herz. Du kämpfst für deine Wünsche, entscheidest, wählst deinen Weg und gibst nicht nach. Du wünschst dir nicht, jemand anderes zu sein. Du besitzt einiges, was ich nie gesehen habe. Du kannst eine weitere Bitte aussprechen, Sanuma, irgendetwas, außer dem Leben von Nimam.“

„Dass mein Vater Ianoama lange in Jatoba leben wird und einhundert Söhne haben wird.“

„Er wird“, versicherte Yama, „aber frag mich nach etwas anderem, etwas für dich. Irgendetwas außer dem Leben von Nimam.“

Sanuma antwortete. „Dass auch ich einhundert Söhne mit meinem Ehemann haben werde.“

Yama hielt vor einem Ibiratanga Milenar um zu überlegen. Sanuma wusste nicht, was Yama mehr beeindruckte, ihre Worte oder der riesenhafte Baum mit dem gewaltigen roten Stamm.

„Flor do Sonho, ohne Nachzudenken, antworte mir und sag mir die Wahrheit: Wie willst du Söhne mit Nimam haben, wenn er tot ist? Aber du dachtest wohl nicht daran…“

„Nein.“

„Ich weiß. Aber er hat kein Leben mehr in sich. Es ist alles vorüber.“

„Das ist einerlei, Herr, ich bitte um nichts weiteres. Ich, die ich halb tot bin, fordere nicht soviel vom Himmel.“

Yama seufzte.

„Zwei Sachen halten Männer davon ab, genau zu wissen, was sie machen müssen. Das eine ist das Verlangen, das den Geist blendet und den Mut kühlt, das andere ist die Angst, die im Angesicht der Gefahr den Dingen ihren Lauf läßt. Doch Gunst ist bei einem Mann der Wahrheit nie verloren. Ich bin zu allen Männern völlig gleich. Ich weiß mehr von der Wahrheit und der Gerechtigkeit als jeder andere. Ich weiß, dass die ganze Vergangenheit und die ganze Zukunft in Wahrheit verbunden sind. Wie viel ist dein Leben wert ohne Nimam?“

„Nichts Herr, ohne Fröhlichkeit verdient menschliches Leben nicht den Namen Leben.“

„Übergibst du deine halben Tage auf der Erde an mich?“

„Ja, sie gehören Ihnen. Was bedeutet es schon zu sterben, jung oder alt, wenn Sie mit allem Wissen sagen müssen, dass Sie nie gelebt haben? Sie können nicht von Leben sprechen, wenn Sie die Vergnügen des Lebens nie geschmeckt haben.“

Plötzlich richtete Yama seinen Blick intensiv auf Sanuma. Sie fühlte die Schwere seiner Augen auf ihrem Körper. Zuletzt sagte Yama:

„Es ist geschehen. Denn Liebe ist stärker als der Tod und länger als das Leben ist die Sehnsucht des Geliebten. Ich nahm deine geschenkten Tage und übergab sie an deinen Mann, so wie er war. Willst du, dass ich dir die Anzahl dieser Tage sage?“

„Nein, denn keiner kennt besser als ich die quälende Verzweiflung, die Zeit unaufhaltsam verrinnen zu sehen.“

„Der Geist von Nimam ruht bei dir, Flor do Sonho. Es wird an dir sein, ihn zurückzuführen. Aber bevor du gehst, leiste mir für eine kleine Weile Gesellschaft und ich werde dir die Arbeit der tödlichen Armee der Götter zeigen.“

Sanuma lernte viele Mantras und Beschwörungen. Mantras, die die Seele aus dem Körper ziehen und außerhalb halten können sodass sie in der Fläche der Hand pulsieren. Yama enthüllte seinen wahren Namen zu Sanuma, aber er riet ihr, ihn nie ohne Bedacht auszusprechen, da er unvorstellbare Zerstörung verursachen könnte. Würde er enthüllt, würde alles was in Wörter gefasst werden kann sofort und für immer verschwinden. Danach entdeckte Sanuma alles, was den Shipaya bekannt ist, und sie wurde mit der Aufnahme dieses Wissens in die tausendjährige Weisheit der Geheimnisse der Xamas eingeweiht.

Yama sagte Sanuma Lebewohl und setzte seinen Weg durch das Reich des Todes alleine fort, wie ein Lasso, das doch nichts fängt. Es war schon dunkel, als Sanuma durch ein finsteres unheimliches Gehölz kam, wo die Blätter wild im Nachtwind murmelten. Nimams Leichnam lag gefroren im Sternenlicht. Sie setzte den Kopf ihres Mannes auf ihre Brust und wärmte seine Haut mit ihrem zarten Körper. Nimam öffnete seine Augen und blickte Sanuma mit einer Freude an, die so innig war, dass sie eine tiefe Sehnsucht löschen konnte.

„Ich verbrachte den Tag schlafend, meine Blume. Ich hatte einen seltsamen Traum, in dem ich auf einem schmalen Pfad wegging.“

„Das geschah auch so“, sagte Sanuma.

„Es war kein Traum?“

„Nimam, ich kann nur für mich sprechen, niemals für dich. Reden wir, wenn wir nach Hause kommen.“

Yama war zurückgekommen um im Wald versteckt das wiedervereinigte Paar zu sehen, bevor er sie verließ. Er wandte seinen Blick zur dichten Finsternis des Waldes und sagte:

„Warum starrst du mich an, Ewigkeit? Findest du, dass ich meine Urteilskraft in meinem hohen Alter verloren habe? Dieses Paar vermittelte alles, was über die wahre Verzückung des Lebens gesagt werden kann. Der Versuch, diese Liebe zu unterdrücken, wäre wie das Entwässern eines Strudels von seinem Strom. Warum gibt es immer Unentschlossenheit und Zweifel in Sachen der Liebe?“

Aus der Dunkelheit trat die in nahezu undurchdringliche Verkleidung gehüllte Ewigkeit. Sie ging zusammen mit Yama. Sie erreichten ein steiles Flussufer und setzten sich.

Es liegt in den Strahlen des Mondes, der die ganze Nacht durch scheint, dass wir bei dem wahrsten Herz von allen bleiben, von allen die es gibt. Ewigkeit lächelte in den Fluss, der vor ihnen floss. Ein fröhliches Lächeln heiterte ihr Gesicht auf.

„Männer zeigen der Welt ihre Geschichte nicht wie einer, der tut und redet“, sagte Yama, „sondern mehr wie einer, der zeigt, was es ist“. Der wahre Krieger ist sich seiner rechten Wahl des rechten Pfads bewusst. Denn ein intensives SEIN wird in einem umfangreichen TUN erkannt. Ohne dieses Wesen, ohne dieses Licht, kann ein Mann alles von außen betrachten und doch nichts begreifen, ebenso wie ein des Lesens und Schreibens Unkundiger in den großen Bücher der Menschheit blättern kann ohne zu verstehen.“

„Du musst nichts vor mir rechtfertigen Yama. Ich habe einige gute Gründe für die Liebe, sie ist meine alte Freundin aus einem anderen Leben und sie ging mit mir bevor sie ein wenig verblassste. Der Vogel, der sich nach vorne neigt, will fliegen. Aber erkläre mir eines, Yama: Was in diesem verrückten Leben ist so gemacht wie das menschliche Herz?“

„Das Leben ist wie heißes Eisen, formbar, bereit geformt zu werden. Wähle die Form, und das Leben wird das Feuer entzünden. Nicht äußerliche Taten zeigen wahre Tapferkeit, sondern die inneren Einstellungen. Um ein Wohltäter der Menschheit zu sein, muss man nur gut sein.“

Yama blies Staub in den Wind, fühlte über sich ein Fallen von großen Blättern ins Gras und fragte Ewigkeit:

„Und du, der du die Zeit verachtest, bist du nicht müde, zu leben?“

„Zeit ist ein endloser Ozean, aber wo trifft sie eine auf Insel? Leben geht vorbei und ist wankelmütig. Manchmal, Yama, wenn ich den Wind vorbeiziehen höre, und ich spüre ihn nur im Geräusch, finde ich, dass es sich lohnt zu leben. Ich nehme den natürlichen Lebenswillen der Blumen, die nur mit dem Blühen beschäftigt sind.“

„Ewigkeit, du, die erfahrener ist als ich, und die nach meinem Abschied weiterreisen wird, höre meine Frage: Kennt jemand die Zukunft?“

„Niemand kennt die Zukunft, Yama. Wie du habe auch ich Geduld und Hoffnung, dass Er sich um mein Antreffen kümmert. Die Vergangenheit ist unbewohnbar, aber das Licht der Dämmerung erleuchtet den Widerschein von all den Jahrhunderten; ich habe die Gegenwart als Gesellschaft, einen einmaligen Moment, in dem Menschen unseren Pfad zu unserem Bild neu erschaffen und wieder beleben können, und all die Farben tragen, und alle Geschmäcker kosten, und die ganze Liebe ohne vorgefasste Meinung oder Sehnsucht sammeln können. Alter, das im Leben flüchtig ist, wird einmalig und ausschließlich gegenwärtig genannt und erfordert die Dauer eines Augenblickes, um vorbeizueilen. Leben besteht in einem Augenblick. Verliere es nicht einen Moment aus den Augen und sehe allem, was du dir wünschst schnell ins Auge, denn Glück ist so flüchtig wie der trocknende Tau.“
Und niemand sprach weiter. Die sanfte Melodie vom Rauschen eines Baches schwebte über der tiefgründigen Ruhe, die in alle Teile fiel, noch bevor die Klänge sie erreichen konnten, und alles wurde so dunkel wie die Mitternacht, still und ruhig, als ob ein Gott schliefe.